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Americano processa empresa por festa surpresa de aniversário no escritório e ganha R$ 2,1 milhões

Kevin Berling havia avisado gerente de que evento poderia lhe causar ansiedade, e teve ataques de pânico; ele foi demitido pouco depois. O americano

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Kevin Berling havia avisado gerente de que evento poderia lhe causar ansiedade, e teve ataques de pânico; ele foi demitido pouco depois.

O americano Kevin Berling processou a empresa em que trabalhava por receber uma festa surpresa de aniversário no escritório em 2019 e ganhou US$ 450 mil (R$ 2,1 milhões) na Justiça.

Berling, que mora no Estado do Kentucky, havia avisado o patrão de que uma celebração poderia causar estresse, uma vez que ele tem transtorno de ansiedade, e alega que após a festa na Gravity Diagnostics, teve um ataque de pânico e precisou lidar com uma série de memórias desconfortáveis da infância.

Ele saiu rapidamente da festa e finalizou o almoço em seu carro; no dia seguinte, colegas o confrontaram e o acusaram de “acabar com a alegria” e “de ser um maricas”, o que levou Berling a ter mais um ataque de pânico e a ficar em casa nos dias seguintes.

Pouco após o ocorrido, o homem foi demitido – a empresa alegou preocupações com a segurança no local de trabalho. Berling, então, entrou com o processo, com a afirmação de que a empresa o discriminou por causa de uma deficiência e que foi alvo de uma injusta retaliação.

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No final de março de 2022, um tribunal do júri concedeu a vitória a Berling, que deverá ser indenizado em US$ 450 mil, incluindo US$ 300 mil (R$1,4 milhão) por sofrimento emocional e US$ 150 mil (R$700 mil) em salários perdidos.

A chefe do escritório de operações da empresa, Julie Brazil, disse ao canal de TV local Link NKY que não voltaria atrás na decisão de demiti-lo, pois ele teria violado uma política sobre violência no local de trabalho.

O advogado de Berling, Tony Bucher, disse à BBC, que não há provas de que seu cliente tenha representado uma ameaça a qualquer colega de trabalho.

“Assumir que pessoas com problemas de saúde mental são perigosas sem qualquer evidência de comportamento violento é discriminatório”, declarou.

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