No último final de semana, moradores de mais de 26 cidades no Sul de Minas relatam ter sentido tremores entre a noite de sábado (9) e a madrugada de domingo (10).

A faixa de horário em que a maioria desses relatos ocorreu foi entre 22h e 2h, despertando preocupação e curiosidade na população local.

A intensidade dos supostos tremores foi descrita pelos residentes como variando de fraca a moderada. Testemunhas narraram ter sentido móveis se movendo e perceberam leves tilintares em copos de água, além de experiências de tontura.

Com eventos como esses, é essencial educar a população sobre a distinção entre tremores sísmicos e outras fontes de vibração. Há métodos que podem ajudar no reconhecimento:

• Tremores sísmicos: Geralmente são detectados por redes de monitoramento sísmico e possuem um padrão específico de ondas.
• Ondas de choque: Provocadas por aeronaves ao romper a barreira do som, estas tendem a ser repentinas e localizadas.
• Outras fontes: Incluem trabalhos de construção pesada, explosões controladas ou mesmo eventos meteorológicos extremos.

De acordo com o Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP), a Rede Sismográfica Brasileira não detectou nenhum fenômeno sísmico nos horários mencionados. A hipótese mais plausível, segundo os especialistas, é que os tremores percepcionados possam ser resultado de exercícios da Aeronáutica, com aviões rompendo a barreira do som.

Esse tipo de atividade pode gerar ondas de choque que alcançam a superfície, frequentemente confundidas com abalos sísmicos. O Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB) também confirmou a ausência de atividades sísmicas registradas oficialmente no período.

Abaixo, veja as cidades que registraram tremores na região:

• Alfenas – 09/11
• Alterosa – 09/11
• Bom Jesus da Penha – 09/11
• Boa Esperança – 09/11
• Botelhos – 09/11
• Campo Belo – 09/11
• Campo do Meio – 09/11
• Campos Gerais – 09/11
• Carmo do Rio Claro – 09/11
• Conceição da Aparecida – 09/11
• Coqueiral – 09/11
• Delfinópolis – 10/11
• Guaxupé – 09/11
• Ilicínea – 09/11
• Juruaia – 09/11
• Lavras – 09/11
• Monte Belo – 09/11
• Monte Santo de Minas – 09/11
• Muzambinho – 09/11
• Nova Resende – 09/11
• Passos – 09/11
• Santana da Vargem – 09/11
• São Pedro da União – 09/11
• São Sebastião do Paraíso – 09/11
• Três Pontas – 09/11
• Varginha – 09/11

Quando relatórios de tremores são recebidos, as entidades científicas como o Centro de Sismologia da USP realizam análises cuidadosas. Isso inclui a verificação de dados de equipamentos sismográficos e a avaliação de outras possíveis explicações para os eventos observados. No caso do Sul de Minas, ainda estão em exame registros adicionais junto à Força Aérea Brasileira (FAB) e à Defesa Civil de Minas Gerais.

Para uma melhor compreensão dos eventos e garantir a segurança da população, as autoridades estão buscando informações complementares junto à FAB e acompanhando qualquer declaração oficial das forças armadas ou órgãos de defesa civil. O esclarecimento desses episódios visa evitar alarmes infundados e assegurar que qualquer preparação necessária seja realizada adequadamente.

Antes de um terremoto:

• Identifique áreas seguras: Determine locais seguros dentro de cada cômodo da sua casa, como embaixo de mesas resistentes ou ao lado de paredes mestras.
• Prepare um kit de emergência: Tenha à mão água, alimentos não perecíveis, medicamentos, rádio portátil, lanterna e um kit de primeiros socorros.
• Fixe objetos: Evite que objetos possam cair e causar ferimentos, fixando prateleiras, armários e outros itens.
• Participe de simulações: Participe de simulações de terremoto para aprender a agir corretamente em caso de emergência.

Durante um terremoto:

• Mantenha a calma: A calma é fundamental para tomar decisões rápidas e eficazes.
• Proteja-se: Se estiver dentro de um edifício, agache-se embaixo de uma mesa resistente ou em um canto da parede. Se estiver ao ar livre, afaste-se de edifícios, postes e outros objetos que possam cair.
• Não use elevadores: Os elevadores podem parar de funcionar ou cair durante um terremoto.
• Evite usar velas ou fósforos: Há risco de incêndio.

Após um terremoto:

• Verifique se há feridos: Preste os primeiros socorros a quem precisar.
• Evite usar o telefone, exceto em caso de emergência: As linhas telefônicas podem estar sobrecarregadas.
• Acompanhe as notícias: Fique atento às informações sobre réplicas e outras orientações das autoridades.
• Não entre em edifícios danificados: Há risco de desabamento.

Enquanto isso, permanece crucial a colaboração entre os cidadãos, que podem fornecer relatos em tempo real, e as instituições, que oferecem o suporte técnico necessário para a interpretação desses fenômenos.