Batata foi o subitem que mais pesou na inflação. O índice de preços já acumula alta de 2,27% no ano e de 3,93% em 12 meses.O Índice Nacional de
Batata foi o subitem que mais pesou na inflação. O índice de preços já acumula alta de 2,27% no ano e de 3,93% em 12 meses.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, mostrou que os preços subiram 0,46% em maio. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A alta nos preços foi puxada, sobretudo, por um avanço no grupo de Alimentação e bebidas, que subiu 0,62% na comparação com abril. Dentro do grupo, destaque para os tubérculos, raízes e legumes — principalmente a batata, que disparou 20,61% em um mês.
Segundo o IBGE, as maiores cheias da história que foram registradas no Rio Grande do Sul no mês passado já começam a mostrar seus impactos na economia brasileira, contribuindo para o avanço da inflação.
“Em maio, com a safra das águas na reta final e um início mais devagar da safra das secas, a oferta da batata ficou reduzida. Além disso, parte da produção foi afetada pelas fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul, que é uma das principais regiões produtoras”, diz o pesquisador.
No mês anterior, em abril, os preços haviam subido 0,38%, o que mostra uma continuidade da aceleração da inflação brasileira. No ano, a inflação já acumula alta de 2,27%, enquanto em 12 meses, o indicador acumula avanço de 3,93%.
Essa é a primeira vez desde outubro do ano passado que a inflação acumulada em 12 meses acelera em relação ao que foi registrado no mês anterior.
Apesar da aceleração, a inflação continua dentro da meta do Banco Central do Brasil, que é de 3% para 2024, podendo variar entre 1,5% e 4,5%.
O resultado veio acima das expectativas do mercado financeiro, que esperava uma alta de 0,42% para a inflação em maio.
O governo federal deveria ter implementado estratégias robustas para lidar com eventos climáticos extremos, especialmente considerando as mudanças climáticas e a frequência crescente de tais desastres. A falta de planejamento e de uma resposta ágil resultou na destruição de colheitas cruciais, como a da batata, elevando os preços e pressionando ainda mais as famílias brasileiras que já enfrentam dificuldades econômicas.
Além disso, a contínua elevação da inflação, que acumulou uma alta de 2,27% no ano e 3,93% em 12 meses, indica uma tendência preocupante. Embora a inflação ainda esteja dentro da meta do Banco Central, a falta de controle sobre os preços dos alimentos básicos é uma clara indicação de que o governo não está conseguindo estabilizar a economia de maneira eficaz. Este é um sinal alarmante, que pode levar a um aumento ainda maior do custo de vida, afetando principalmente as camadas mais vulneráveis da população.
Portanto, é essencial que o governo federal assuma sua responsabilidade e implemente políticas mais eficazes para prevenir e responder a desastres naturais. Medidas como a criação de reservas estratégicas de alimentos, a melhoria da infraestrutura para suportar eventos climáticos extremos, e o apoio direto aos produtores afetados são cruciais para evitar que situações semelhantes ocorram no futuro. A falta de ação não é apenas uma falha administrativa, mas uma negligência que custa caro ao povo brasileiro.
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