O levantamento foi feito com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo do IBGE.Se antes da pandemia os brasileiros já sofriam para d
O levantamento foi feito com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo do IBGE.
Se antes da pandemia os brasileiros já sofriam para dar conta da feira e do supermercado, nos últimos três anos virou um verdadeiro malabarismo tentar não comprometer tanto o orçamento com a cesta de alimentos.
Mas a renda dos trabalhadores não tem acompanhado a escalada de preços. Mesmo quando os salários são reajustados pela inflação, a defasagem continua, porque os alimentos têm subido acima dela desde a pandemia. Assim, o poder de compra fica comprometido, ou seja, o que as pessoas ganham não acompanha a alta dos alimentos.
No cardápio da Páscoa deste ano não é só o bacalhau que vai estar salgado. O preço dos alimentos mais consumidos nessa época aumentou mais do que a inflação. O levantamento foi feito com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, do IBGE, de fevereiro, comparado aos valores dos produtos há 1 ano.
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Cesta básica e rendimento
O resultado dessas altas desiguais é que a cesta básica vem comprometendo uma fatia maior da renda das famílias.
Dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostram que, em outubro de 2019, 43,8% do salário mínimo era comprometido com a compra da cesta básica.
Em 2019, o brasileiro precisava trabalhar, em média, 88 horas e 39 minutos para comprar os produtos da cesta básica. Agora, são totalizando 119 horas e 37 minutos.
Considerando o rendimento médio do trabalho, em valores nominais, a fatia comprometida pela cesta básica passou de 20,6% para 27,7%. Os dados consideram o valor da cesta básica apurado na capital paulista, o mais alto encontrado pelo Dieese.
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