Fechar esse estreito é como estrangular uma das veias mais importantes da economia global.O Parlamento do Irã aprovou uma medida que pode estrem
Fechar esse estreito é como estrangular uma das veias mais importantes da economia global.
O Parlamento do Irã aprovou uma medida que pode estremecer a economia mundial: o fechamento do Estreito de Ormuz, uma das rotas mais importantes do planeta para o transporte de petróleo. A decisão vem logo após um ataque dos Estados Unidos contra instalações nucleares iranianas, autorizado pelo ex-presidente Donald Trump.
Mas o que isso significa, na prática, para quem está longe desse conflito? Simples: um impacto direto no preço dos combustíveis, no custo de vida, na inflação — e na vida de qualquer cidadão, seja nos Estados Unidos, na Europa ou aqui no Brasil.
O que é o Estreito de Ormuz e por que isso importa?
O Estreito de Ormuz é uma faixa de mar extremamente estratégica, que liga o Golfo Pérsico ao restante do mundo. Por ali passam cerca de 30% de todo o petróleo que circula no planeta. Sem essa rota, países como Arábia Saudita, Iraque, Kuwait, Emirados Árabes e até o próprio Irã não conseguem escoar sua produção de petróleo.
Ou seja: fechar esse estreito é como estrangular uma das veias mais importantes da economia global.
Por que o Irã quer fazer isso?
O bloqueio é uma retaliação direta contra os Estados Unidos, depois do bombardeio de três instalações nucleares iranianas. O Parlamento já aprovou, mas a decisão ainda precisa passar pelo Conselho Supremo de Segurança do Irã e pelo aiatolá Ali Khamenei.
Impacto imediato: combustível mais caro no mundo inteiro
O simples anúncio da ameaça já fez o preço do petróleo disparar:
- O petróleo Brent, usado como referência mundial, saltou de US$ 69,36 para US$ 78,74, uma alta de 13,5% em poucos dias.
- O petróleo WTI, referência nos EUA, subiu de US$ 66,64 para US$ 73,88, um aumento de 10,9%.
Se o Irã realmente fechar o Estreito, analistas de mercado, como os do JPMorgan, alertam: o preço do barril pode subir para entre US$ 120 e US$ 130. Isso significaria gasolina, diesel, gás e tudo que depende de transporte ficando muito mais caro — no mundo inteiro.
E o Brasil? Será que isso chega até aqui?
Sim, chega. E muito mais rápido do que você imagina.
O Brasil, embora tenha produção de petróleo, ainda importa parte dos combustíveis refinados e é afetado diretamente pela cotação internacional do petróleo. Isso significa que:
- Combustíveis mais caros nas refinarias.
- Aumento no preço do diesel, que impacta o frete e, consequentemente, o preço dos alimentos, mercadorias e transporte.
- Inflação pressionada.
- Aumento no custo de vida do brasileiro.
Se você acha que esse conflito está “lá longe”, está enganado. O brasileiro sentirá no bolso, no posto de gasolina, no mercado e no transporte público.
O mundo fica mais instável
Esse movimento agrava ainda mais um cenário que já estava tenso. A guerra entre Rússia e Ucrânia mostrou como conflitos regionais podem gerar crises globais. Agora, com essa escalada no Oriente Médio, o risco é ainda maior.
E vale lembrar: os Estados Unidos, com Donald Trump no comando anteriormente, tinham uma postura firme contra o Irã, mas buscavam acordos e pressionavam de forma clara. Agora, com uma liderança fraca na Casa Branca, os inimigos do Ocidente se sentem mais à vontade para provocar instabilidade no mundo.
O que pode acontecer agora?
- Se o aiatolá Khamenei aprovar o fechamento, o mundo verá um choque imediato nos mercados.
- Países que dependem do petróleo daquela região vão correr para buscar alternativas — e, claro, pagar mais caro.
- E nós, aqui no Brasil, não estamos blindados. A crise bate na porta rapidamente, como aconteceu em 2022 com a guerra na Europa.
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