Um menino de 8 anos, morador do bairro José Ometto, na zona leste da cidade, sofreu queimaduras de terceiro grau na perna ao tentar reproduzir um desa
Um menino de 8 anos, morador do bairro José Ometto, na zona leste da cidade, sofreu queimaduras de terceiro grau na perna ao tentar reproduzir um desafio viral conhecido como “amarelinha de fogo”.
Segundo relato da mãe, que preferiu não se identificar para preservar a identidade do filho, o menino foi socorrido pelo irmão mais velho, já que ela não estava em casa no momento do incidente. “Parecia cena de terror. Fiquei apavorada. Nunca imaginei que isso aconteceria com ele”, declarou à reportagem.
O garoto explicou como tudo aconteceu: “Eu vi o desafio chamado amarelinha de fogo, onde a pessoa coloca fogo no chão e tenta pular por cima, igual a uma amarelinha. Eu peguei o álcool e em seguida taquei fogo. Quando fui pular, senti as chamas na minha perna. Eu pensei que ia perder a minha perna”, contou, ainda assustado.
O que é a “amarelinha de fogo”?
Trata-se de um desafio que circula principalmente em redes sociais como TikTok e Kwai, no qual crianças e adolescentes acendem fogo no chão e tentam pular sobre as chamas, simulando a brincadeira tradicional da amarelinha. A prática representa alto risco de queimaduras, intoxicação e acidentes graves.
Desafios perigosos continuam fazendo vítimas no Brasil
Segundo levantamento do Instituto DimiCuida, de 2014 a abril de 2025, ao menos 56 crianças e adolescentes brasileiros sofreram ferimentos graves ou morreram ao tentar reproduzir desafios perigosos divulgados na internet.
Um dos casos mais recentes e trágicos aconteceu no Distrito Federal, onde uma menina, também com 8 anos, morreu após inalar spray de desodorante como parte de outro desafio viral. A criança sofreu parada cardiorrespiratória e teve morte cerebral confirmada dias depois. O caso mobilizou autoridades locais e gerou nova discussão sobre a responsabilização de plataformas digitais.
A Polícia Civil do DF abriu inquérito para investigar a origem do conteúdo que teria motivado o ato. A suspeita é de que vídeos semelhantes tenham sido compartilhados por influenciadores ou perfis anônimos em redes sociais, com grande alcance entre o público infantil.
Especialistas alertam para riscos
Desafios como o “apagão”, o “desodorante” e agora a “amarelinha de fogo” têm ganhado força entre crianças e adolescentes, em grande parte pela ausência de supervisão, algoritmos que estimulam viralizações perigosas e a falta de educação digital. Especialistas alertam que a combinação entre curiosidade infantil, desejo de aceitação social e estímulos visuais pode ser fatal.
O que os pais podem fazer
Autoridades e instituições especializadas recomendam que os pais:
- Monitorem o que seus filhos consomem na internet;
- Conversem abertamente sobre os perigos dos desafios virais;
- Denunciem perfis ou vídeos que incentivem condutas perigosas;
- Estimulem o uso consciente e seguro das redes sociais.
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