Segundo o Ministério da Saúde, foram registrados 30 óbitos e 128.379 casos da doença nos primeiros meses do ano. Dados do boletim epidemiológico publ
Segundo o Ministério da Saúde, foram registrados 30 óbitos e 128.379 casos da doença nos primeiros meses do ano.
Dados do boletim epidemiológico publicado pelo Ministério da Saúde apontam crescimento de 35,4% nos casos de dengue nos primeiros meses de 2022, na comparação com o ano passado.
Entre os municípios que mais registraram casos prováveis da doença, Goiânia é o que apresentou maior índice, com 13.608 ocorrências.
Na sequência aparece Brasília (8.572 casos); Palmas (6.497 casos), Sinop (2.754 casos) e a Aparecida de Goiânia, com 2.199 registros. Segundo o Ministério da Saúde, foram registrados 30 óbitos e 128.379 casos da doença nos dois primeiros meses do ano.
Gonzalo Vecina Neto, ex-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), aponta fatores responsáveis pela proliferação do mosquito.
“Chove muito, acumula água e onde acumula água o mosquito se reproduz e vai ser responsável pelo crescimento no número de casos. O que estamos vivendo no Brasil é um crescimento muito, muito grande mesmo, inesperado, por causa do crescimento do número de mosquitos”, pontuou.
Apesar do aumento, houve redução de 17,5% nos casos de chikungunya, doença também transmitida pelo aedes aegypti. Gonzalo Vecina Neto citou as ações adotadas pelos governos para tentar evitar a contaminação.
“No curto prazo, o que temos que conseguir fazer é convencer as pessoas a buscarem o foco do mosquito nas suas residências e combaterem os focos para a gente conseguir diminuir o número de casos”, pontua.
Dados da Secretaria de Saúde de São Paulo apontam que foram registrados 44 mil casos de dengue até abril. Durante todo o ano de 2021, foram 145.700 registros da doença.
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Moradora de José Bonifácio, cidade no interior de São Paulo, Gabriela Zenaro conta que o município vive um surto de dengue.
“Levei cinco dias para ir ao hospital porque aqui na cidade está com surto de dengue, está lotando muito a Santa Casa daqui. Então falei ‘deixa esperar mais um pouco e vou cuidando em casa’.
Aí não estava aguentando de dor, depois de cinco dias fui ao hospital. Falei para o médico os sintomas, ele nem pediu exames”, relata.
O imunologista e pesquisador principal do projeto para desenvolvimento de vacina contra a dengue, Gustavo Cabral, afirma que há um descaso histórico com a doença.
“Quando nós perdemos o pequeno olhar para o combate ao mosquito, ao vetor, pode ter um pico de 10, 30 a 100%, isso de um ano para outro, ou no próprio ano. Isso é um problema que a gente tem que trabalhar.”
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