A estudante brasileira Verena Paccola, de 22 anos, foi premiada ao descobrir 25 asteroides após participar de um projeto da Nasa, a agência espacial d
A estudante brasileira Verena Paccola, de 22 anos, foi premiada ao descobrir 25 asteroides após participar de um projeto da Nasa, a agência espacial dos Estados Unidos. Um dos corpos, segundo ela, pode se chocar com a Terra.
Brasileira de 22 anos é premiada após descobrir 25 asteroides em projeto da Nasa. É o chamado asteroide fraco, que se movimenta na órbita de forma mais devagar. O tamanho dele e a possível data de colisão, no entanto, ainda estão em estudo nos Estados Unidos.
A história de Verena, que está no segundo ano de medicina da USP em Ribeirão Preto (SP), é parecida com a da dupla de astrônomos do filme “Não olhe para cima” (2021), da Netflix. No entanto, na ficção, os cientistas americanos lutam para alertar as autoridades após a descoberta. Na vida real, o caso já é conhecido e é acompanhado.
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“As referências científicas no filme estão muito boas. Eles mostram o mesmo programa que eu usei para achar os asteroides. Falam do centro de Harvard e tudo mais”, comentou a estudante, que agora tem o sonho de conhecer a Nasa.
A descoberta
Verena conta que, em 2020, durante a pandemia de Covid-19, estudava para o vestibular da medicina em casa, em Indaiatuba (SP), mas queria uma atividade alternativa para distrair a cabeça diante da pressão para entrar na faculdade.
Cansada do conteúdo do Ensino Médio, decidiu se inscrever no treinamento da Nasa que havia visto na internet.
“Me passaram o cadastro para o software de caçar asteroides. Eles me começaram a me passar pacotes de imagens tiradas de um telescópio que fica no Havaí para eu analisar. Esse programa dá para achar vários corpos celestes, várias coisas no espaço, mas o que eu aprendi a detectar era asteroide mesmo. Tinha programação que eu fazia no software, jogava as imagens. Cada pacote de imagens era composto por quatro imagens tiradas em sequência lá do espaço”, explicou.
O software lançava imagens em sequência para ela. As estrelas, por exemplo, ficavam estáticas. Já os asteroides, moviam-se.
“Então, se eu via alguma coisa se movendo, eu fazia uma análise numérica daquele objeto e via se poderia ser um asteroide ou não. Isso gerava um relatório no próprio software, que era enviado para a Universidade de Harvard, que é o centro mundial que analisa esse tipo de coisa, e eles enviavam para a Nasa para ver se era mesmo um asteroide ou não”.
Nos relatórios dela, os números batiam com a margem do que poderiam ser asteroides. Depois, a Nasa confirmou que a estudante havia descoberto ao menos 25 corpos, sendo que um deles era considerado de grande importância para a agência espacial americana.
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