Decisão executiva do banco tem como objetivo reduzir os impactos do atraso em tomar uma medida importante.Anúncio do Bradesco preocupa clientes
Decisão executiva do banco tem como objetivo reduzir os impactos do atraso em tomar uma medida importante.
Anúncio do Bradesco preocupa clientes e mercado financeiro. O Bradesco anunciou que uma falha do próprio banco, a disponibilização de mais empréstimos do que deveria, o levou a uma situação complicada. A instituição financeira registrou queda de 76% no lucro recorrente de outubro a dezembro de 2022 na comparação com o mesmo período do ano anterior.
“Devíamos ter restringido mais cedo nossa política de crédito”, disse Octávio de Lazari, presidente-executivo do Bradesco. Segundo ele, a liberação excessiva de empréstimos durante a pandemia, quando a Selic estava em 2% ao ano, resultou no aumento da inadimplência.
No terceiro trimestre do ano passado, o banco teve aumento de 0,4 ponto percentual no índice de inadimplência para empréstimos acima de 90 dias frente a igual período de 2021. Também houve piora nas dívidas vencidas entre 15 a 90 dias.
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Mudança de prioridade
Segundo Lazari, o Bradesco já está adotando medidas para reverter a situação, como ser mais seletivo em relação ao crédito. Em 2023, o banco vai priorizar operações com garantias e clientes com perfil de menor risco.
O executivo admite que as finanças da instituição podem ser afetadas pela posição mais conservadora, mas afirmou que é possível equilibrar o crescimento entre variáveis como as carteiras do banco, com taxas mais elevadas e menos concessões de cartão de crédito. O objetivo principal é reduzir o nível de inadimplência, o que só deve ocorrer no terceiro trimestre de 2023.
O presidente executivo acredita que o Bradesco deve recuperar retorno sobre o patrimônio de cerca de 18% até o final de 2024. Os analistas, por outro lado, estão menos otimistas.
“A margem financeira líquida e as altas despesas com provisões provavelmente manterão os ROEs abaixo do custo de capital em 2023 e 2024”, declarou o Itaú BBA, prevendo que o banco não deve alcançar resultados melhores nos próximos dois anos.
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